NOVA YORK!
São milhares de restaurantes, centenas de hotéis e
incontáveis atrações obrigatórias. A Grande Maçã retoma seus bons
tempos, veste-se para a festa de fim de ano e mostra por que ainda é a
capital do mundo
Nova York, capital do mundo, diz a propaganda. Na
esquina da Broadway com a 54th Street o táxi responde ao aceno e pára
buzinando. Mais propaganda, esta risível: assista a um espetáculo na
Broadway, só por diversão. Amarelo como convém, por 6,75 dólares o
carro deixa você na porta do Empire State, o terceiro maior edifício
do planeta, espichado em seus 448 metros de altura.
Você paga 3,50 dólares para subir até o terraço,
compra um filme de 4,50 dólares para sua máquina instantânea e lá de
cima bate umas chapas, como se dizia antigamente. A sede aperta, toma-se
um refrigerante de 1,25 dólar na lanchonete bem ao lado e com os trocos
arrematam-se alguns postais da cidade: a Estátua da Liberdade, o
Central Park, o World Trade Center, a Brooklyn Bridge, a Times Square, o
assombroso skyline de Manhattan… Mais 2 dólares.
Já lá embaixo, na calçada, um ambulante oferece um
bom livro de decoração por 10 dólares (parece inteiro, mas talvez
usado ou velho demais para estar em uma livraria). Você regateia e
consegue levar por 5. Sobra um mísero dólar na mão, mas o mendigo de
meia e sapato, na tocaia, acaba ficando com ele. Você olha para cima,
mede o colosso de cimento, lembra da cidade que acabou de conquistar lá
do alto, com os olhos e os pensamentos soltos, e então soma as despesas
de um passeio tão prosaico: 24 dólares.
Por essa quantia, os holandeses compraram Manhattan
dos índios em 1626. Ou seja, você chegou tarde demais para fazer o
maior negócio de sua vida, mas está livre da dor de cabeça que alguns
milhares de inquilinos agora estariam lhe dando. E tem outra: a cidade
está falida, gasta mais do que arrecada e vive irremediavelmente no
caos - o trânsito, o barulho, a poluição do ar, a violência etc.
etc. Mas igual àquelas festas ótimas na casa de famílias que, a gente
sabe, estão contando os cobres, Nova York não aparenta a falta de
recursos, nem o cansaço dos anos. Portanto, aceite as circunstâncias e
prepare-se para o desafio: entender e conquistar a Grande Maçã.
A Nova York de que você ouve falar é a cidade mais
famosa do Estado de mesmo nome. A metrópole é formada por cinco
distritos: Manhattan (a famosa ilha, o coração do gigante), Brooklyn,
Bronx, Queens e Staten Island. Para a maioria dos visitantes, Manhattan
é o que interessa. De fato, afora algum interesse especial por isso ou
aquilo, a maioria está certíssima.
Manhattan é uma extensão de terra com 34
quilômetros de comprimento por 5 de largura, segundo a matemática do
mais ou menos. De um lado, as águas do Hudson River, de outro as do
East River, ambos estreitos o bastante para que se veja a margem do
outro lado. O formato da ilha lembra um apêndice, mais largo na base,
mais estreito na ponta. Bem no meio da ilha, quase toda esquadrinhada
por ruas e avenidas simétricas e muito lógicas, fica um grande
retângulo verde de 340 hectares, o Central Park - é uma área
equivalente a 523 campos de futebol!
Ao norte do Central Park está o lado pobre e mais
sincero de Manhattan, o Harlem. A oeste do parque temos uma porção
mais chique e a leste uma porção ainda mais chique, que juntas formam
Uptown. Ao sul, estendem-se Midtown e Downtown. Em Midtown está o
Theater District (o pedaço mais famoso da Broadway), a Times Square e
outros lugares de nomes assim conhecidos que você a vida inteira viu em
filmes, livros e em luminosos de boates na boca-do-lixo. Em Downtown,
seguindo rumo sul, aparecem Greenwich Village e East Village, Lower East
Side, SoHo e Little Italy, TriBeCa, Chinatown e o Financial District.
Downtown é o pedaço mais boêmio e sedutor da cidade.
A primeira coisa que se aprende por aqui é que é
possível fazer uma cidade usando a cabeça. Planejam-se as avenidas e
ruas retinhas, eqüidistantes, depois numeram-se em ordem crescente
(avenida 1, avenida 2, rua 1, rua 2 e assim por diante). Para facilitar
ainda mais, toma-se a via central como referência (a 5th Avenue) e
define-se o óbvio: o que está para este lado é oeste (West, ou apenas
W), o que está do outro é leste (East, ou só E). Outra coisa legal: o
sentido do trânsito é alternado: esta avenida corre para cá, a
seguinte para lá e assim sucessivamente, sem truques. Simples, não? A
segunda coisa que se aprende é que para consertar São Paulo ou Rio
seria preciso começar tudo de novo.
Mas o supercrescimento de Nova York era algo
impensável até o início do século passado. Por isso Downtown, com
suas ruas errantes e estreitas, que remontam aos tempos das
diligências, mostra-se tão diferente do resto organizado e geométrico
de Manhattan. E daí surge uma terceira lição, a de que a
imperfeição também tem predicados, uma simpatia especial e
provocante.
Por causa desse não-saber-onde-vai-dar, aconteceu
até um vexame histórico com a sede do poder na cidade. Em 1811, quando
o City Hall ficou pronto, a população extasiou-se com a fachada em
fulgurante estilo grego, mármore branco e outras mesuras. De frente
para a cidade, sem vizinhos na retaguarda, o prédio elegante não
mereceu mais do que uma improvisada parede de tijolos crus na parte de
trás.
A cidade continua assim, fora de controle. Não
pense, por exemplo, que Nova York é Primeiro Mundo. Quer dizer, até
é, mas não apenas. É Primeiro Mundo nos museus como o Metropolitan,
Whitney, Natural History. É Primeiro especialmente no Guggenheim, a
maravilha do arquiteto Frank Lloyd Wright, que para evitar a
frustração que nos persegue nos museus, aquela de que estamos indo
embora sem ter visto alguma sala importante, desenhou este em forma
helicoidal: subimos de elevador e vamos descendo a rampa circular,
diante das obras, vendo tudo obrigatoriamente.
Mas o Terceiro Mundo aparece a toda hora. Não há
banheiros públicos na cidade e alguns mendigos chegaram até a
processar a prefeitura por isso. É comum os sem-teto desabotoarem a
calça, apresentarem os documentos e resolverem o aperto junto da
sarjeta, à luz do dia. É Terceiro Mundo quando alguns garotos resolvem
desafiar a velocidade dos trens de metrô, atravessando os trilhos entre
as plataformas. Surfistas ferroviários, igual no Rio, mas à moda
americana. E tem vendedores ambulantes também: imitação de relógios
e óculos escuros a 5 dólares, camisetas manjadas e cafonas a 5
dólares, livros bons a 2 dólares, livros ruins a 7 dólares...
E há uma faceta incômoda, ainda não estudada pelos
acadêmicos, um mezzo a mezzo do Primeiro e Terceiro Mundos. Por
exemplo, você está com pressa e liga para algum lugar pedindo uma
informaçãozinha rápida ou para fazer uma reserva. Atende uma
secretária eletrônica que lhe dá longas boas-vindas, agradece por ter
chamado e sugere: se você precisa disto, disque 1; se você quer
aquilo, disque 2; se você não sabe o que quer, disque 3 e vamos indo,
até cansar. E, quando você sabe o que quer e disca o número, volta a
secretária com uma nova lista de opções - as opções de sua opção!
É como videogame, vai ficando mais difícil e desafiador a cada
estágio.
Sem reserva nenhuma, o primeiro turista em Nova York
apareceu há quase 10 mil anos, de carona numa imensa placa glacial.
Depois vieram os índios, filhos dos filhos dos filhos que há muitos
anos abandonaram a América do Sul - teoria que os americanos não
estão querendo engolir. Foram os manates, tidos como muito agressivos
(péssimos comerciantes, vemos agora), que entregaram Manhattan aos
europeus.
Banhada por um rio generoso, que descia de montanhas
distantes, a chamada New Amsterdan era tudo o que os holandeses queriam
para fazer frente aos avanços do domínio espanhol e português no Novo
Mundo. Difícil foi segurar a onda: prato típico entre os famintos
cidadãos de cocar e tacape, pressionados por tropas inglesas, os
holandeses entregaram os pontos em 1664.
Nos anos que se seguiram, sob as mãos da Coroa
britânica, Nova York rabiscou sua vocação cosmopolita: ingleses,
holandeses, franceses, africanos, alemães, judeus, protestantes,
católicos, mandingueiros, viajantes e marinheiros bêbados, dos que nem
se lembravam mais onde tinham nascido, misturavam-se nas ruas, tavernas
e casas de meretrício, falando um mundo de línguas diferentes. E
surgiram os primeiros guetos: nesta rua os holandeses ricos, nesta outra
os pobres; daqui para lá os mercadores ingleses, daqui para cá os
franceses, aqui os judeus e assim por diante. Era o embrião da hoje
chamada "cidade das minicidades".
Nova York sempre cresceu rápido. Dos 1 500
habitantes em 1664, saltou para 12 mil em 1783, depois 123 mil em 1820,
312 mil em 1840, 813 mil em 1860 e para lá de 1 milhão em 1875. Hoje
são mais de 7 milhões de pessoas. Mais do que a quantidade, no
entanto, chama a atenção a hegemonia desses números: não há
maioria, todas as raças e etnias estão lado a lado nos gráficos do
Censo. Será que o inglês básico teria salvado Babel da confusão?
Talvez por causa desse arrojo tenha surgido a magia
de Nova York, e depois a idéia recorrente de fazer um filme por aqui.
Tarde Demais para Esquecer (1957), Intriga Internacional (1959),
Operação França (1971), Amor, Sublime Amor (1961), Perdidos na Noite
(1969), Chinatown (1974), Taxi Driver (1976), Contos de Nova York
(1989)... É de fazer duvidar a quantidade e variedade de obras-primas,
mesmo com o quartel-general do cinema funcionando muito longe, em
Hollywood, do outro lado da América.
Na literatura e nas artes, entre nova-iorquinos da
gema e forasteiros ilustres, a mesma genialidade, em lista extensa: Walt
Whitman, Hermann Melville, Edgar Allan Poe, George Gershwin, Josephine
Baker, Billie Hollyday, Andy Warhol, Arthur Miller, Frank Lloyd Wright...
Afinal, por que Nova York?
Não precisa ser cineasta, escritor ou vanguardeiro
para especular. Com dois ou três dias na cidade, você já tem a
impressão de que se alguma coisa de muito importante estiver para
acontecer no mundo será em Nova York. Ou, pelo menos, aconteça onde
acontecer, aqui seremos os primeiros a saber. Tudo bem que nas montanhas
do Nepal você esteja mais próximo de Deus, mas em Nova York a
sensação é a de que Ele está sempre de olho, com uma idéia na
cabeça. E se pintar uma câmera...
Andando pelo Village ou pelo SoHo, hoje tomados por
galerias de arte, lojas, cafés e restaurantes, perdendo-se entre os
prédios de tijolinho escuro, norteados pelos arranha-céus,
sobrevivemos ao dèja vu de cinco em cinco minutos.
O Village já foi mesmo uma vila rural,
transformou-se em endereço de escritores e artistas e depois em um
concorrido (e caro) centro comercial. SoHo (as iniciais de South
Houston) e TriBeCa (Triangle Below Canal Street) se misturam: uma área
industrial decadente, artistas em busca de espaço, galpões (lofts)
transformados em estúdios-residências, incrementação do comércio
nas redondezas... (agora imagina se essa onda pega por aqui: BaLe para
Baixo Leblon, RePa para região da Paulista...). É nessas regiões que
as pessoas mais interessantes aparecem.
Esse bucolismo é parte da história. Claro, o
cinema, os livros, os gibis, as músicas, os clipes da MTV, quase todo
mundo, a vida toda, contou e continua contando essa história para nós,
a história de Nova York. Reconhecemos na névoa a Gotham City de Batman,
a Metropolis de Fritz Lang e até a Los Angeles blade runner de Ridley
Scott. E sem disfarces a Manhattan de Woody Allen, a Chinatown de
Polansky...
Conhecer o endereço de astros e estrelas virou
culto. Um certo Larry Wolfe Horwitz, autoridade no assunto, já famoso
ele também, publica o Movie Stars’ Homes, um desses folhetos que se
vai desdobrando e vira pôster, entregando na maior o endereço das
celebridades. E o sr. Horwitz ainda faz um apelo: "Você viu algum
astro por aí? Ajude a dar continuidade neste trabalho, escreva ou
telefone para..." (e nós, que temos o Beijoqueiro?).
Foi no século passado que Nova York maturou sua
inclinação cultural. Nos idos de 1840, em meio a muita miséria (coisa
que ainda não mudou), as portinhas que abrigavam brigas-de-galo,
jogatina e sacanagem começaram a ganhar vizinhança mais ilustre -
livrarias, bibliotecas e teatros. A Broadway, que era charmosa e
inteligente já fazia tempo, ganhou a concorrência da vizinha Bowery
Street, menos sofisticada, com artistas malditos e espetáculos mais
para o italiano do que para o inglês: o teatro do povão. Em 1850
alguém já contava: 10 mil pessoas circulavam todo dia no circuito
Broadway-Bowery atrás de diversão (mera coincidência, era esse
também o número de prostitutas na cidade).
Apesar dessa tradição nas artes, Nova York guarda
pouco da arquitetura de outros séculos. Porque a história da cidade é
também a história dos aventureiros, dos mercenários, dos barões do
lucro imediato, da especulação imobiliária, das demolições e dos
grandes incêndios. Wall Street, coração financeiro do mundo, já foi
área estritamente residencial. A região hoje elegante de Uptown e
Midtown era território de malocas, com porcos revirando os montes de
lixo nas ruas. Com o crescimento assustador da população, surgiram os
tenements, prédios que às vezes convenciam na fachada, mas que nos
bastidores revelavam apartamentos diminutos, sem boa iluminação e
mesmo condições básicas de higiene.
Só perto de 1880 veio o chamado primeiro boom da
construção. O "El" - abreviatura de elevated, um trilho
suspenso que percorria várias ruas da cidade - alcançou os distantes
rincões do Harlem (1880), depois surgiu a audociosa Brooklyn Bridge
(1883), projeto do imigrante alemão John Roebling, e daí a era eterna
dos arranha-céus, marca registrada de Nova York.
O primeiro espigão célebre é o insó- lito
Flatiron (1902), com vinte andares e um desenho improvável, não fosse
o auxílio de uma sólida estrutura de ferro. Há outros que você já
ouviu falar: o Chrysler Building (1930) com seus arcos art déco, o
Empire State (1930), o RCA Building (1940, hoje General Electric
Building) e quase recentemente as torres gêmeas do World Trade Center
(1974), que só perdem em magnitude para o Sears Building, em Chicago. O
melhor para subir é mesmo o World Trade Center, não tanto pela altura:
é que lá de cima vemos os outros, de um ângulo melhor, ainda mais
bonitos.
Chegando em novembro ou dezembro, você encontra Nova
York se vestindo para a festa. Vá lá, Deus é brasileiro, faça de
conta, mas Papai Noel seguramente é americano. E deve ter um
apartamento em Manhattan, a exemplo de Pelé, Sônia Braga, Isabella
Rossellini, Eric Clapton, Pierre Cardin e uma quilométrica lista de
pessoas que aparentam ter a cabeça no lugar ou ao menos algum talento.
Sob o mítico entusiasmo do Natal, Nova York não é
a mesma. Aos poucos as luzes miúdas envolvem as árvores, surgem as
fantásticas decorações nas vitrines das lojas, os patinadores no gelo
e, com a ajuda do vento frio e da neve que costuma cair em dezembro,
compõe-se a fantasia do mais inacreditável fim de ano do planeta.
No Central Park, mesmo sob neve, os adeptos do
jogging aparecerão para não perderem o fôlego. Os patinadores
também, mas nada de rodinhas. Nas ruas, quando a tempestade é forte, a
neve é afastada até junto das calçadas, formando montes branquinhos,
modificando o trajeto usual dos pedestres. E sal grosso nas avenidas,
nas calçadas, em grande quantidade para evitar que as pessoas
escorreguem, que os carros derrapem na pista. Já houve falta de sal em
Nova York por causa disso.
Mas, com ou sem neve, o jogo tem de continuar, com os
participantes se dispondo a conhecer tudo o que Manhattan oferece: são
15 mil cafés e restaurantes, pelo menos 180 grandes atrações! E,
além da quantidade de opções, concorrem ainda os agravantes.
Zebra número 1: poucos restaurantes realmente
prestam. Protegidas pela aura do "se é bom para Nova York, é bom
para todos", muitas pocilgas subsistem à custa dos desavisados. E
isso vale também para os hotéis.
Zebra 2: os 12 mil táxis estão na mão de
paquistaneses, indianos, marroquinos, haitianos, caras que dirigem como
se estivessem no Paquistão, Índia, Marrocos ou Haiti e todos ao mesmo
tempo, disgusting, alternando os dedos entre a buzina e o asseio do
nariz.
Zebra 3: cansaço. O volume de informações que
consomem os sentidos é tamanho que ao cabo de horas algo lhe fará
implorar por banho, xixi e cama. Lembre-se da meta, resista, Nova York
funciona 24 horas, às vezes mais. E seguem-se outras dificuldades: o
vento avassalador na esquina da 5th Avenue com a 57th Street, os
batedores de carteira, filas cubanas para quase tudo etc. etc.
Para facilitar, escolha uma atitude para você, um
modelo de turista. Em Nova York atuam três tipos conhecidos: o
deslumbrado, o contido e o "da casa". Entendê-los é
importante, afinal, bem mais do que prédios, parques, pontes, museus e
teatros, o que mais se vê em Nova York é turista.
Em verdade, Nova York deslumbra a todos, inclusive os
mais treinados, mas o deslumbrado se impressiona publicamente e jamais
se envergonha - afinal está sempre em grupo. É o prazer sem culpa de
visitar o óbvio da maneira óbvia. Estão nessa categoria os autores de
intermináveis ohs! e ahs! no terraço do Empire State e os que, munidos
de poderosas câmeras plásticas, na ânsia de uma foto épica, pisam
sorridentes nos montes de cocô que os patos esparramam na grama em
torno da Estátua da Liberdade.
O deslumbrado toma parte no corso dos ônibus
panorâmicos da Gray Line, que dão a volta na ilha com um guia
recitando a história e as lendas da metrópole. Ele é também um dos
heróis na fila do espetáculo mais concorrido em toda a Broadway, ainda
que aquele crítico insista em dizer que a montagem já não é tão boa
quanto na estréia, há nove ou dez anos, ou que vários atores e
dançarinos tenham começado ontem nesse primeiro emprego. Esse turista
típico vai embora seguro de que aproveitou bem a viagem. Quer dizer,
quando as crianças deixam.
O contido pode ser novato nesse exercício de
descobrir a capital do mundo, mas prefere o caminho do lobo solitário
ao ritmo feérico das excursões e tours organizados. Provavelmente
terá um guia de bolso no bolso, fará consultas discretas entre uma e
outra pausa nas mesas dos cafés e tentará desenhar um roteiro original
para suas aventuras exploratórias. Cumprirá o protocolo subindo no
Empire State, no World Trade Center, visitando o Central Park, e
disfarçará os contrapassos com ar de quem só está ali en passant.
Ele jantará em bons restaurantes mesmo que isso
custe um pouco mais e escolherá um hotel low profile, onde reservará
momentos tranqüilos para avaliar o aproveitamento de seus dias, dando
uma olhada nos livros e presentes que acabou de comprar ou simplesmente
fazendo as contas das despesas com o cartão de crédito.
O "da casa" conhece bem o jogo. Já veio
outras vezes, costuma passar boas temporadas, tentou ficar não pôde,
tem amigos na cidade e às vezes sequer precisa de um hotel: "Tudo
bem, não quero incomodar, me arranjo em qualquer cantinho". Domina
razoavelmente o inglês, freqüenta bares e restaurantes que só os
nova-iorquinos conhecem, só vai a espetáculos off-off-Broadway e tem
sempre as pistas de um show gratuito ou uma boa festa de embalo. Anda
desenvolto no metrô, sabe em que estação deve descer, nunca erra e
quando erra diz que tudo bem, é perto e dá para ir a pé, aproveitando
para ver não sei o que no caminho, que sempre vale a pena.
Esse espécime raro já esteve em todas as atrações
turísticas da primeira vez e agora não pode nem ouvir falar. Mas abre
exceções, caso esteja com alguém novato a tiracolo. Então dará
aquele show, demonstrando familiaridade com tudo e com todos, explicando
Nova York assim: "Não é inexplicável?" Vai usar e abusar de
nomes esquisitos, muito folclore, piadas velhas e manjadas sobre o
dia-a-dia da cidade e algumas referências culturais, um papo cabeça.
Confundirá alguns nomes e números de rua, deslizes que jamais serão
descobertos. Para cada sugestão de programa, ele sempre terá um
sorriso complacente e uma idéia bem melhor.
DEZ COISAS QU VOCÊ DEVE FAZER
CORRER ou andar, brincar na neve, pedalar, namorar ou
qualquer coisa no Central Park.
VOAR DE HELICÓPTERO, porque é bom, barato e bacana.
ENCONTRAR O ELO PERDIDO, ou aquele disco dos Stones,
os braços da Vênus de Milo...
FUÇAR EM LIVRARIA, durante horas, abrindo e fechando
livros, matando a curiosidade.
ANDAR DE METRÔ, porque é barato, rápido e agora
mais seguro.
ALUGAR UMA LIMUSINE, por 30 dólares a hora, com
direito a vidros escuros e drinques...
ESPERAR AS ESTRELAS NA SAÍDA, depois do espetáculo: o glamour recende aos bons
tempos da Broadway.
FALAR DE SI MESMO, porque todo mundo pergunta: De
onde você é? O que você faz?...
IDENTIFICAR AS LOCAÇÕES DOS FILMES, o Plaza Hotel de O Grande Gatsby, a F.A.O. Schwarz de
Tom Hanks em Quero
SER PRÍNCIPE E MENDIGO, almoçar no Bouleys e jantar no cachorro-quente da
esquina, assistir à ópera e depois aplaudir o saxofonista na calçada.
Quem não estiver pronto para isso, não está pronto para Nova York.
DEZ COISAS QUE VOCÊ DEVE EVITAR
ALUGAR UM CARRO, porque estacionamento é caro, as multas idem e de
metrô se vai à China.
FUMAR EM QUALQUER LUGAR, como táxis, na maioria dos restaurantes, halls de
hotel etc
IR ALÉM DA 100th STREET À NOITE, que não é mesmo o melhor horário no Harlem.
COMPRAR ELETRÔNICOS NA ESQUINA, porque a enganação é profissional!
QUEBRAR UM BRAÇO, ou uma perna... Médico e pronto-socorro custam uma
fortuna.
REPARAR MUITO, nas argolas no nariz, cabelos azuis, executivos de
patins... Tudo passa.
CHEGAR COM FOME E SEM RESERVA, nos bons restaurantes: vai esperar na calçada.
IR À PRAIA, porque é longe e sem graça, pior ainda no frio. Vá
para o Caribe.
ABRAÇAR O SCORSESE, ou a Madonna, o Elton John: finja que nunca viu mais
gordos.
FICAR NO HOTEL, por melhor que seja. Não perca um minuto sequer:
você está em NY.
Dicas:
Se você quiser ir ainda mais fundo na generosa
programação da cidade, compre os semanários TheVillage Voice (jornal)
ou New York (revista), as bíblias do assunto.
Pague menos nos espetáculos da Broadway: 50% off
nos quiosques da TKTS (Broadway com 47th). Fique de olho também nos
cupons "dois pelo preço de um" espalhados em lojas,
restaurantes e hotéis.
O MUNDO ESTA NA MESA
Nova York é um paraíso para gourmets: há na cidade
mais de 25 mil restaurantes, 15 mil apenas em Manhattan. Ou seja, uma
lista completa acabaria ficando indigesta. Selecionamos alguns que
seguramente valem a pena, com dicas para você não entrar em lugar
errado e saber quanto vai gastar. Prato típico? Bem, Nova York é a
capital da cozinha do planeta. Da Etiópia ao Japão, da França ao
Paquistão, o mundo todo está na mesa. Os endereços e telefones estão
no Onde É Melhor, página 66.
OS CLÁSSICOS
Anglers & Writers, decoração de bom gosto,
freqüentadores idem, média 25 dólares. l Carlyle, suntuoso, bem
servido, quase mais famoso que o próprio hotel. Gasto médio: 50
dólares. l China Grill, cozinha mundial (apesar do nome), sabores de
outro planeta. Um must, 40 dólares. l Fantino, italiano, fino, caro: 60
dólares. l Gotham, atmosfera 2010, cardápio festejado, freqüência
imprevisível. Um dos queridinhos de NY. 50 dólares. l Mark´s, chique,
pomposo até demais. Isso é defeito? 50 dólares. l Mezzogiorno, o
italiano mais concorrido nas últimas temporadas, programa para 33
dólares. l Le Cirque, tradicional, tido como o melhor entre os
melhores. Esparrame-se na carta de vinhos, completíssima. 65 dólares.
l Oyster Bar, com o célebre cenário da Grand Central Station, lagostas
que se escolhem ainda vivas. Uns 40 dólares. l Primavera, cozinha do
norte da Itália, refinadíssima, 50 dólares. l Sushisay, o melhor
japonês da Nova York. 40 dólares. l Sylvia´s, no coração do Harlem,
cozinha cajun do sul dos Estados Unidos, programa de turistas depois da
missa gospel. Nelson Motta é assíduo. Difícil gastar mais que 25
dólares.
OS IMPREVISÍVEIS
Asti´s, com garçons que cantam ópera, boa cozinha
italiana, programa para 40 dólares. l Brasserie, lanches rápidos,
pratos esquisitos, um pouco de tudo, nunca fecha! Para gastar 30
dólares. l Cafe des Artistes, o mais concorrido de Nova York segundo o
guia Zagat, a bíblia do assunto. Dá para se safar com 45 dólares. l
Cafe Tabac, onde aparecem os engomadinhos que você costuma ver no
cinema, na TV ou nas revistas. 35 dólares fora o táxi. l Carnegie
Deli, instituição da cidade, dono do maior e melhor sanduíche de
pastrami do universo, 20 dólares. l Coffee Shop, área de modelos,
produtores de moda, fotógrafos, com feijoada e guaraná no cardápio...
25 dólares. l Good Enough to Eat, apesar da piada, os lanches e pratos
são ótimos. E as crianças adoram. 20 dólares. l Hard Rock Cafe,
sanduíches, rock’n’roll no último volume. 25 dólares. l Planet
Hollywood, cujos donos chamam-se Arnold Schwarzenneger, Bruce Willis,
Sylvester Stallone e Demi Moore. Já ouviu falar? Filmes no telão, 25
dólares. l River Cafe, a melhor vista de Manhattan. Mas a comida...
tsc,tsc Caro: 60 dólares. l TriBeCa Grill, de Robert de Niro. Não,
não é ele ali no caixa. 45 dólares. l Viand, grego, sanduíches
fartos, 15 dólares.
SHOPPING IN NEW YORK
Um manual de bons negócios na cidade que tem de tudo
A temporada é boa para compras: as lojas têm os
últimos lançamentos nas vitrines e as grandes ofertas já são
sinônimo de Nova York. Quem ficar na cidade até o fim de dezembro pega
ainda mais vantagens com as liquidações que começam pelo dia 20. Para
facilitar suas consultas, os endereços das lojas aparecem ao lado de
todos os outros indicados nesta reportagem, em ordem alfabética, na
pág. 66.
AS GRANDES
O óbvio é Bloomingdale’s e Macy’s. Um
nouveau-chic lhe indicaria a Barney’s e um milionário lhe mandaria
até a Bergdorf Goodman. A maioria dos viajantes dispensa conselhos: vai
em todas.
ROUPA BOA E BARATA
A Century 21 trabalha com pontas de estoque das
grifes mais conhecidas. A Daffy’s chega a ser elegante. Obrigatório
passar na Canal Jeans e numa das várias lojas Gap, endereços dos
descolados. Mulheres de todas as idades vão a Loehmann’s: muito
barato. Uma só para homens é a Sym’s.
ROUPA BOA E CARA
Tem de ir na Laura Ashley, Chanel, Giorgio Armani e
Charivari. No mínimo. Verifique antes o limite de seu cartão de
crédito.
COURO E SAPATO
A Bostonian tem sapatos que valem o preço. Mas por
30 dólares muita gente se descola na Bleecker Leather. A tradição
italiana dos sapatos finos você acha na Joan & David. Uma loja de
couros com ótimos preços é a Leather’s Master.
BRECHÓS DE PRIMEIRA
A Alice Underground fica mesmo abaixo do nível da
avenida. Há peças surpreendentes. Dizem que os designers da Calvin
Klein, Ralph Lauren, Gaultier e outras casas de fama internacional
aparecem em lojas como esta para buscar inspiração.
BRINQUEDOS
Não precisa bater cabeça: a F.A.O. Schwarz e a Toys
‘R’ Us têm o que existe.
NOVIDADES ELETRÔNICAS
Os judeus da 47th St. Photo estocam em grande
quantidade e são superconfiáveis. Para equipamento fotográfico a
B&H Photo está imbatível.
COMPUTADORES SEM DOR DE CABEÇA
A J&R Computer World é muito respeitada.
Trabalha com todas as marcas de peso. A MPC também é quente.
LIVROS A PERDER DE VISTA
Jô Soares é assíduo na Double Day. Não perca a
Barnes & Noble, com ofertas animadoras, e a inimaginável Strand,
que tem a maior coleção de livros usados de todo o mundo. Vá com
tempo: as ofertas começam na casa de 1 dólar.
MÚSICA
O templo é a Tower Records. Não é o lugar para se
pagar mais barato, mas é o único que tem de tudo, em todos os estilos.
Molezas aparecem na Entertainment Warehouse. Para fanáticos em trilhas
sonoras, big bands e grandes nomes do passado, o lugar é a Footlight.
TUDO PARA CASA
A Crater & Barrel tem de cadeiras a guardanapos,
tudo em grande estilo. A Gracious Home é gigante, tem até material de
construção. Os brasileiros de Nova York vão muito na National
Wholesale Liquidators, o popular "Indiano".
COISAS INCRÍVEIS
A MoMa Design tem novidades, invenções e soluções
alternativas para as necessidades da civilização. Artesanatos modernos
e bibelôs bem sacados são o forte da An American Craftsman.
O OUE FAZER EM
1 DIA
É impossível descobrir Nova York em tão pouco
tempo. Mas um começo é sempre um começo.
Manhã Bem cedo, um passeio ou jogging no Central Park. l
Breakfast no Mark´s. l Opção standart: às 9h30 tome o primeiro barco
rumo à Estátua da Liberdade. Opção luxo: um museu que dá para
conhecer quase todo, como o MoMa. l Almoço no China Grill.
Tarde Compras: não dá para querer tudo com tão pouco
tempo. Escolha entre uma visita às grandes, como a Macy´s ou
Bloomingdale´s, ou uma boa cami- nhada nas imediações da 5th Av.,
entre a 46th St. e a 60th St. l Falta de tempo? Absorva a cidade no
atacado. No final da tarde, suba no World Trade Center ou no Empire
State e assista ao espetáculo que é Nova York acendendo suas luzes.
Ou, mais alto, suba num helicóptero.
Noite Assista a um espetáculo na Broadway (começa quase
sempre às 20h). l Jantar no TriBeCa Grill. l Circule no circuito
Village-SoHo-TriBeCa: as lojas e cafés vão até bem tarde.
2 DIAS
Já dá para tentar um roteiro temperado, com museus,
boa comida e algumas visões da cidade.
1º dia
Manhã O programa no Central Park é obrigatório. Se der
para escolher, fique com um domingo. Com sol ou com neve, sempre vale a
pena. l Metropolitan Museum. São 3 milhões de peças, pelo menos 1
milhão delas em exposição: pegue um mapa na entrada e faça um
roteiro esperto para não perder tempo. l Almoço com sabor diferente no
China Grill.
Tarde Pega bem o passeio de barco da Circle Line: três
horas de Nova York em câmara-lenta. l Nova York tem de ser vista de
todos os ângulos: embarque no helicóptero. Ou suba no Empire State no
fim da tarde. l Lanche rápido, na calçada, na deli da esquina.
Noite Um espetáculo na Broadway. A maioria começa às
20h. l Sentar à mesa no Le Cirque, o restaurante do Mayfair Hotel, um
dos mais badalados endereços gastronômicos de Nova York.
2º dia
Manhã Acorde bem cedo e atravesse a histórica Brooklyn
Bridge a pé. l Um breakfast no Plaza Hotel. l Guggenheim Museum. l
Almoço no Oyster Bar e passeio hipnótico na Grand Central Station.
Tarde Compras na 5th Av., entre a 46th St. e a 60th St.
O barco das 16h até a Estátua da Liberdade. Com sorte, pegue as luzes do
pôr-do-sol batendo nos edifícios do Financial District.
Noite Circuito Village-SoHo-TriBeCa: restaurantes, lojas
incríveis, shows de jazz, rock e rhythm´n´blues em pequenos clubes.
Bye, bye!
3 DIAS
Com três dias já é possível avançar um pouco
mais pela cidade. Mas é preciso acordar cedo.
1º dia Central Park, of course. l Breakfast no The Coffee
Shop. l Comece entendendo Manhattan: passeio de barco na Circle Line. l
Almoço no Oyster Bar e passeio no Grand Central Terminal. l Abuse dos
benefícios de estar na capital do mundo: perca a noção do tempo numa
livraria como a Strand. l Espere escurecer e vá até o River Cafe, do
outro lado da Brooklyn Bridge. É uma das mais surpreendentes visões de
Manhattan que se conhece em toda a paróquia. l Times Square em plena
ebulição. Tem de ver.
2º dia Comece bem o dia com o breakfast do Mark´s. l Manhã
no Metropolitan Museum, visitas às book shops do prédio, os pôsteres,
os calendários... l Almoço no Le Cirque. l Vá às compras. A
Bloomingdale´s está perto. O circuito Madison Av. também. l
Sanduíche na calçada, que é a cara de Nova York l Um musical na
Broadway. l Jantar no TriBeCa Grill. l Roteiro Village-SoHo-TriBeCa.
Fuçar em lojinhas, atravessar as ruas correndo, tomar café espresso.
3º dia Uma volta aos anos 50: breakfast no Ellen´s
Stardust. l Uma olhada na Igreja St. John the Divine. Bem-vindo ao
Harlem! l Um pouco de ar fresco: zoológico do Central Park. l Almoço
no China Grill.
Um museu imperdível: MoMa ou Whitney. l Um
inesquecível passeio de helicóptero. l O supersanduíche de pastrami
do Carnegie Deli. l Uma noite de embalo. Escolha entre dançar o que
vier na pista do Limelight, curtir um jazz no célebre Blue Note e
encontrar o imprevisível no S.O.Bs.
7 DIAS
É a melhor de todas as opções, mas, se uma vida é
pouco para conhecer N.Y., que dirá uma semana.
1º dia Breakfast no Plaza. l Respire NY: Central Park,
desça a Broadway, suba a 6th Av... l Planet Hollywood. l Eixo
Village-SoHo. l Empire State. l Cafe des Artistes. l Tem ópera no
Lincoln Center?
2º dia Brasserie. l Circle Line. l Oyster Bar. l Uma passada
na Macy´s. l Andar a pé e gastar dinheiro no triângulo
Houston-Canal-Orchard Streets. l River Cafe. l Passeio, compras e muita
gente no Pier 17.
3º dia Breakfast no Viand. l Guggenheim Museum. l Almoço no
Primavera l Metropolitan Museum. l Cafe Tabac. l Ruas do Village-SoHo.
4º dia Anglers & Writers. l Estátua da Liberdade. l
Livros? Barnes & Noble. l Roupas? Century 21.l Sushisay. l
Bloomingdale´s. l Helicóptero. l Mezzogiorno. l Um bom show: Blue
Note. l Todo mundo vai: Times Square.
5º dia Breakfast no Mark´s. l Central Park Zoo. l F.A.O.
Schwarz. l Le Cirque. l MoMa e lojinhas da vizinhança. l Patinação no
Rockfeller Center. l Carnegie Deli. l Broadway. l Drinque no Fez.
6º dia Breakfast no chinês da esquina. l Alugue uma
bicicleta. l Good Enough to Eat. l Museum of Natural History. l China
Grill. l Programa exótico? String Fellow´s. Dançar juntinho? Rainbow
Room. Suar? Limelight.
7º dia Breakfast no Carlyle. l Bondinho da Queensboro
Bridge. l Whitney Museum. l Gotham. l Chinatown. l World Trade Center. l
Jantar no Asti´s. l Fim da linha. Console-se na Tower Records.
NOVA YORK É ASSIM
TEMPERATURA Em novembro, a média é 15 graus. O outono é
imprevisível, mas conte com um pouco de frio e ventos fortes. Neve? Só
em dezembro.
PELO TELEFONE O código de Manhattan é 212. Chamadas a cobrar para
o Brasil: 1-800 344-1055 (Embratel). Das 20h às 5h, o primeiro minuto
custa R$ 1,77 e o adicional, R$ 1,28. De dia, o primeiro minuto custa R$
2,21 e o adicional fica R$ 1,61.
DESEMBARQUE O aeroporto JFK é grande, mas você desembarca já
próximo a uma saída. Por 35 dólares você chega de táxi (amarelo!) em Manhattan. De
ônibus, a jornada sai por 11 dólares. Se preferir chamar um carro,
ligue para a Yes (em português): (718) 786-4949.
FUSO HORÁRIO A diferença é uma hora a menos. No inverno dos EUA
(21/22 de dezembro) os relógios são atrasados em uma hora. No Brasil,
horário de verão, adiantamos uma hora. Daí a diferença sobe para
três horas.
TRANSPORTE IDEAL Antes de tudo, os dois pés. Depois, conforme a
preferência de cada um, metrô, táxi ou ônibus. De metrô é bem prático, mas não se
vê nada olhando pela janela. De táxi, gastam-se entre 5 e 10 dólares na maioria dos
trajetos em Manhattan. Alugar um carro em Nova York? Jamais!
GUIAS Dois bons livros: The Historical Atlas of New York
City, de Eric Homberger, Editora Henry Holt & Co. - Guia New York,
da brasileira Kátia Zero, Makron Books, obra-prima, indispensável.
PERMANÊNCIA O mínimo aconselhável é uma semana. O máximo é a
vida toda. Mas é possível se virar com dois ou três dias. Um dia é
de doer o coração.
GORJETA Táxis: 15% do valor da corrida - Carregadores de
malas: 1,50 dólar por volume - Restaurantes: o equivalente a duas vezes
o valor do imposto cobrado (mas veja se já não está incluída na
nota!).